Estudo diz que Civilizações Alienígenas podem estar mortas

A maioria das civilizações alienígenas que já apareceram em nossa galáxia provavelmente já se destruíram.

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Esse é o resultado de um novo estudo que usou a astronomia moderna e modelagem estatística para mapear o surgimento e a morte da vida inteligente no tempo e no espaço pela da Via Láctea.

O novo artigo, escrito por três físicos da Caltech, o Instituto de Tecnologia da Califórnia, diz onde e quando a vida é mais provável de ocorrer na Via Láctea, e identifica o fator mais importante que afeta sua prevalência: a tendência das criaturas inteligentes para a autodestruição.

Os autores analisaram uma série de fatores que supostamente influenciam o desenvolvimento da vida inteligente, como a prevalência de estrelas semelhantes ao sol que abrigam planetas semelhantes à Terra; a frequência de supernovas mortais, de explosão de radiação; a probabilidade e o tempo necessários para que a vida inteligente evolua se as condições estiverem certas; e a possível tendência de civilizações avançadas de destruírem a si mesmas.

“Desde a época de Carl Sagan, tem havido muita pesquisa e temos alguns dos números que eram mistérios na época do famoso seriado ‘Cosmos’, especialmente desde o lançamento do Telescópio Espacial Hubble e do Telescópio Espacial Kepler, temos muito conhecimento sobre as densidades de gás e estrelas na Via Láctea e das taxas de formação de estrelas e formação de exoplanetas, e a taxa de ocorrência de explosões de supernovas”, disse Jonathan H. Jiang, um dos autores do estudo e astrofísico do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA na Caltech.

Modelando a evolução da Via Láctea ao longo do tempo com esses fatores em mente, eles descobriram que a probabilidade de vida emergindo com base nos fatores conhecidos atingiu seu pico quando estava em uma distância de cerca de 13 mil anos-luz a partir do centro galáctico e 8 bilhões de anos após a formação da galáxia.

A Terra, em comparação, está a cerca de 25 mil anos-luz do centro galáctico, e a civilização humana surgiu na superfície do planeta cerca de 13,5 bilhões de anos após a formação da Via Láctea, embora a vida simples tenha emergido logo após a formação do planeta.

Em outras palavras, somos provavelmente uma civilização muito jovem, que está na fronteira em termos de geografia galáctica e relativamente atrasados como habitantes da Via Láctea.

Mas, assumindo que a vida surja com uma frequência razoável e eventualmente se torna inteligente, provavelmente há outras civilizações lá fora, e a maioria estaria agrupada em torno desse raio de 13 mil anos-luz do centro galáctico, principalmente devido à prevalência de estrelas semelhantes ao sol nesta região.

A maioria dessas outras civilizações que ainda existem na galáxia hoje são provavelmente jovens, devido à probabilidade de que a vida inteligente tenha grande possibilidade de se erradicar em longas escalas de tempo.

Mesmo que a galáxia tenha atingido seu pico de civilização há mais de 5 bilhões de anos, a maioria das civilizações que estavam por aí nesta época provavelmente se autodestruíram, segundo os pesquisadores.

Esta última é a variável mais incerta no artigo: “Quantas vezes as civilizações se destroem?”. Mas também é o mais importante para determinar o quão difundida é uma civilização, descobriram os pesquisadores.

Mesmo uma chance extraordinariamente baixa de uma determinada civilização se exterminar em qualquer época, seja por um holocausto nuclear ou uma mudança climática descontrolada, significaria que a esmagadora maioria das civilizações que atingiram seu pico na Via Láctea já se foram.