O novo estudo conduzido por cientistas da Universidade de Granada, na Espanha, e da Universidade Johannes Gutenberg, na Alemanha, parece ter saído direto de uma obra de ficção científica.
Os pesquisadores estão em busca de uma partícula hipotética que pode atuar como um portal para a quinta dimensão.
A pesquisa pode ser a chave para explicar a abundância de matéria escura, uma substância misteriosa e ainda não identificada que compõe a maior parte da massa do universo.
Javier Castellano e Matthias Neubert fazem parte de um grupo de cientistas que questiona se as quatro dimensões que os humanos são capazes de compreender (altura, largura, profundidade e tempo) seriam as únicas existentes no Universo, e especula sobre as implicações que uma dimensão extra teria no Universo e na própria realidade.
Segundo seus autores, o estudo envolve uma ‘Nova Física’, pois o modelo científico atual não serve para explicar fenômenos como a existência da matéria escura, por exemplo.
No estudo, Castellano e Neubert sugerem a existência de uma partícula que faria a mediação entre as partículas elementares conhecidas de nosso universo e a misteriosa matéria escura.
“Essa partícula poderia desempenhar um papel fundamental na geração de massas de todas as partículas sensíveis a esta dimensão extra, e ao mesmo tempo ser a única janela relevante para um possível setor ‘invisível’, responsável pela existência da matéria escura, que resolveria em um só golpe dois dos maiores problemas dessas teorias, a priori desconectados”, disse Adrián Carmona, da Universidade de Granada.
Portal Dimensional
A existência de um portal para a quinta dimensão pode parecer um argumento fantasioso, mas essa partícula hipotética, que ficaria entre o reino da luz (visível) e o da escuridão (invisível), poderia proporcionar uma explicação natural à fenomenal quantidade de matéria escura, que compõe cerca 90% do nosso Universo.
“Depois de anos procurando possíveis confirmações de nossas previsões teóricas, estamos agora confiantes de que o mecanismo que descobrimos tornaria a matéria escura acessível para experimentos futuros, porque as propriedades da nova interação entre a matéria comum e a matéria escura, que é mediada por nossa partícula proposta, pode ser calculada com precisão dentro de nossa teoria”, concluiu Neubert.
