“Vi um Gigante surgir das águas do rio”, afirma moradora de Juazeiro/BA

Moradora de Juazeiro, na Bahia, relata um impressionante encontro com um Gigante saído das águas do Rio São Francisco.

Links Patrocinados
 

O Rio São Francisco é um dos maiores cursos d’água da América Latina. Ele nasce no Sudeste, em Minas Gerais, e atravessa quatro estados do Nordeste. Por banhar mais de 500 municípios e marcar a vida de milhares de pessoas, ele também é berço de muitas lendas.

Uma dessas lendas fala sobre o perigo de acordar o Velho Chico, como o rio é chamado pelos locais, depois que ele adormece, à meia-noite. Outra se parece com o mito da vaidade da mitologia grega, com uma jovem bonita no lugar de Narciso mas em vez de definhar, como o personagem clássico, ela vira uma serpente.

Há também a história do Nego d’Água, um homem negro muito alto com características de anfíbio que costuma virar canoas de pescadores e assustar os ribeirinhos.

Uma moradora de Juazeiro, identificada como A.P., tem 67 anos, é aposentada, e nunca mais teve coragem de voltar ao local do ocorrido. Abaixo o relato dela em suas próprias palavras:

“Em Juazeiro, na Bahia, cidade onde moro, existem lendas e histórias antigas envolvendo o Rio São Francisco. O folclore em torno dele é antigo e, desde pequena, ouço que naquelas águas moram seres que não são nem humanos nem animais. Estão lá para proteger o rio e, por isso, costumam manter as pessoas afastadas. Nunca dei crédito.

Mas um dia, há mais de 30 anos, fui nadar com meu marido no rio, como gostávamos de fazer, sozinhos num trecho afastado da cidade. O dia estava bonito e o banho, uma delícia e a natureza da região é realmente especial. Mergulhamos e, quando submergimos, sentimos uma correnteza se formar. A água, que até então estava plácida, ficou agitada de repente.

Nos olhamos e, imediatamente, começamos a nadar rápido para a margem. Nesse momento, eu e meu marido sentimos uma turbulência forte passar pelas nossas pernas. Era uma pressão ascendente, como se algo viesse subindo do fundo do rio rumo à superfície.

De repente, um homem gigantesco emergiu de dentro d’água. Ele era muito alto e estava nu. Tinha o corpo musculoso, a pele negra e a cabeça careca, além de aparentar ser jovem e exibir escamas pelo corpo. Eu mal podia acreditar, mas aquele homem era exatamente como descreviam nas histórias regionais. Assim que saiu da água, começou a gritar conosco em um idioma que não entendíamos.

O homem mexia os braços e as pernas e o rio se agitava, nos puxando para baixo. Era difícil nadar e ficar sem engolir água. Fiquei apavorada e logo entendi que ele queria nos matar afogados. Continuamos nos debatendo, tentando chegar até a margem do rio, até que, finalmente, demos com o banco de areia. Não sei de onde tiramos força.

Assim que saímos da água, olhamos para trás, mas o gigante havia desaparecido. Foi tudo muito rápido. Pegamos nossas coisas e começamos a correr para longe dali. Estávamos desesperados e, quando avistamos as primeiras pessoas, contamos o que havia acabado de ocorrer. Ninguém acreditou na gente. Nunca mais tive coragem de pisar naquele trecho de margem, nem mesmo perto. Continuo nadando no São Francisco mas, até hoje, rezo e peço proteção toda vez antes de entrar”.